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Você sabe escolher materiais para o curso de pintura em madeira?

Você não precisa de pincéis caros para fazer o curso de pintura em madeira!



Vou te contar um segredo. Sabia que você não precisa de materiais caros para fazer o curso de pintura em madeira?


Às vezes eu vejo algumas pessoas deixando de fazer o curso de pintura em madeira por conta de não terem certos materiais de pintura.

As pessoas me perguntam quais pincéis eu uso, quais materiais que eu tenho aqui no meu dia a dia e acreditam que eles sozinhos são o milagre de um resultado bom.


Aqui, há alguns anos, eu uso sim materiais importados e de excelente qualidade, e logicamente eles facilitam e fazem uma diferença enorme no resultado, não dá para negar isso, eu não vou mentir à respeito do quanto eles ajudam no aperfeiçoamento das técnicas.


Mas nem sempre foi assim.


Quando eu comecei, 20 anos atrás, nada disso existia no mercado, e os pouquíssimos materiais que se encontravam, eram caríssimos. Um pincel que hoje você encontra por cerca de R$ 35,00, 20 anos atrás, esse mesmo pincel custava cerca de R$ 80,00.

Era muito caro, ainda mais se levar em consideração que os R$ 35,00 de hoje já tem ali embutido um dólar caro, toda uma mudança de moeda, de ajuste econômico e por aí vai.


Quando eu comecei a fazer o curso de pintura em madeira, o jeito era aprender com o que tinha disponível no mercado e o que era acessível para o bolso naquela época.


E foi assim que eu fui aprendendo, na verdade ao mesmo tempo que aprendia as técnicas da pintura, eu aprendia como me adaptar para os únicos materiais que eu tinha naquela época.


Era mais difícil? Não sei se essa era a palavra, porque quando você não conhece o fácil, aquilo que é difícil vai te exigir uma dedicação apenas maior, até que esse mesmo difícil vai se tornando fácil também.


Então o que eu quero dizer… que na verdade um bom material vem para facilitar aquele difícil que você já domina.



E é ate muito interessante isso quando você começa a praticar alguma coisa.

Se você aprende o difícil primeiro, todo o resto fica muito mais tranquilo de administrar.


Eu me lembro do meu primeiro “emprego” informal, eu tinha uns 13 anos. E eu desenhava personagens infantis, como Batman, Xuxa, Rambo, Thundercats para uma loja que fazia painel de festa em isopor.

Eu desenhava, minha mãe cortava o desenho no isopor e ela pintava depois.

E eu me lembro que o primeiro desenho foi uma Moranguinho, aquela bonequinha famosa da turma do Moranguinho, e no desenho ela segurava o gatinho e eu lembro que era um desenho super difícil, bem elaborado, e eu tinha que desenhá-lo já no tamanho original, que era 1,20 metros, porque não tinha na época recursos para ampliação.

Então eu esticava no chão alguns papéis pardos, eu colocava durex para ficarem no tamanho que eu precisava e eu desenhava ali no chão, na cara e na coragem.

E quando a loja me deu esse desenho como sendo o primeiro, eu até me assustei e eu comentei que ele era muito difícil. E eu me lembro até hoje que o dono da loja olhou para mim e disse: Esse é um dos mais difíceis sim, e se você conseguir fazê-lo, todo o resto eu confio que você dá conta.

Pode parecer meio assustador e desmotivador, na verdade, ter que já de primeira encarar o que é mais desafiador.

Mas hoje eu dou razão para ele.


Eu fiz o desenho, apanhei, apaguei várias vezes até achar a proporção correta. 1,20 metros de desenho desenhado no chão de casa, era realmente um desafio, eu nunca tinha feito nada parecido.

Mas, com muito custo, muito erro, apaga e acerta, eu fiz o desenho la para a loja.

E então eu comecei a trabalhar para essa loja e realmente, todos os desenhos depois que vinham, ou eram mais fáceis, ou eram tão difíceis quanto.

Mas eu já não tinha mais medo deles, eu sabia que com paciência, com treino e com determinação, aquele desenho ficaria pronto e tão bom quanto o da Moranguinho.


E foi ótima essa lição para a minha vida, entender que nem sempre começar pelo que julgamos mais fácil é o caminho mais confortável.

Talvez o conforto vire zona de conforto e te mantenha na mesmice por muito tempo.


Logicamente ele realmente não poderia exigir que eu pintasse um painel de 5 metros com vários personagens logo de primeira, isso talvez eu não tivesse conseguido mesmo.

Mas um pouquinho de desafio, não faz mal para ninguém! O dono da loja soube dosar o limite ali do que EU julgava difícil x o quanto ele confiava na minha capacidade.


E por que eu estou contando isso?


Porque às vezes eu vejo pessoas com inúmeros pincéis importados, muitos mesmo, eu tenho alunas que tem o dobro do que eu tenho.

Mas falta nelas a dedicação, a força de vontade, o empenho, falta treino, falta se desafiar de verdade.



Fazer o curso de pintura em madeira é um conjunto de saber utilizar as técnicas da pintura e aliá-las ao aprendizado de como otimizar materiais.

Eu vejo muita gente por aí que quase é apenas uma colecionadora de material, compra, faz uma pinceleira gigante e simplesmente não usa.

Enquanto que eu já tive e tenho alunas do curso de pintura em madeira que têm o mínimo de material, ou então, têm materiais bem simples mesmo, mas têm nelas a vontade de aprender, têm nelas a ousadia de fazer o melhor que elas podem, com o que elas têm disponível no momento.


Então, quando eu vejo pessoas deixando de aprender a pintar porque ficam se apegando ao material que ainda não tem, eu sinto de verdade que essa pessoa ou não tem a consciência disso, de começar com os recursos que tem e aos poucos ir melhorando, ou essa pessoa simplesmente não quer de verdade e acha na falta de material, a desculpa perfeita para não fazer.


Logicamente também que não dá para começar sem nada, ou com todos os pincéis, por mais simples que sejam, todos abertos e estragados.

Você não consegue costurar uma roupa se pelo menos não tiver linha e agulha.

Você não consegue aprender a patinar, se não tiver patins.

Não consegue aprender a escrever se não tiver papel, lápis ou caneta.


Quando eu falo de limitações de materiais eu quero dizer sobre ter o mínimo viável.


É baixar a expectativa, adequar-se à realidade e não usar isso como desculpa para não começar logo.

Por exemplo, como construir então uma lista enxuta de materiais para fazer um curso de pintura em madeira?



Se você não tiver muito recurso financeiro, ou se você nem sabe se gosta desse tipo de arte ainda, você pode apostar nos materiais nacionais mesmo, apesar de que hoje em dia, se comparados a alguns importados, eles estão quase o mesmo preço, e o custo benefício deixa a desejar.

Comece com alguns poucos mais simples… entenda primeiro a didática, entenda primeiro os processos, aprenda a usar o pincel, aprenda todos os recursos disponíveis com ele, treine até conseguir dominar esse pincel.


Em relação à quantidade, também não precisa ter a gama inteira da numeração de cada modelo.


Comece com um pequeno, um médio e um grande apenas.

E faça isso com todo o resto do material. Vá aos poucos, não saia comprando tudo o que você encontra pela frente. Compre com consciência, não com empolgação.

Vamos supor, nesse primeiro momento, que você adquiriu 3 pincéis nacionais de sombra, um de cada tamanho.

Treine, coloque-os em prática. De repente você se adapta rápido a eles e consegue ter resultados de qualidade.


Mas precisa treinar, não adianta colocar culpa em material, dizer que ele não funciona quando na verdade a culpa é a sua falta de treino.


Porque nem pincel nacional, nem importado, vão te trazer resultados. Pincel não pinta sozinho!


Então você treinou, dominou… em um próximo momento, se por acaso você achar que já consegue investir mais um pouco, escolha uma marca melhor, que você tenha referências sobre ela, e em vez de já comprar a cartela toda da numeração, compre um, no máximo dois tamanhos, para você testar a marca de pincel e poder comparar com o que você já usa.

E pode ser que você não se adapte a ela, que você não goste, que você queira comprar outra marca para testar também.


Por exemplo, eu tenho marcas preferidas e tenho marcas que não compro de maneira alguma. E eu conheço outras artistas que usam essas marcas que eu não gosto, recomendam e tem ótimos resultados. Então marca de pincel é algo muito particular também.

Agora imagina se você compra uma cartela toda, com toda a numeração, e não se adapta?

Eu sei porque eu já fiz isso, então hoje o conselho que eu te dou é baseado em experiência própria.


Outra coisa também, não se apegue 100% na recomendação de alguém.


No meu Método ARTE PODER eu forneço uma lista de todo o material que eu uso, forneço quase todas as marcas disponíveis no mercado, mesmo as que por gosto pessoal eu não uso, forneço os vendedores e tudo o mais.

Mas, material sai de linha, material se atualiza, são lançadas novidades. Então, se você ficar presa na indicação de alguém, ou não vai mais encontrar esse material, porque ele deixou de ser fabricado, ou vai deixar de conhecer novas opções.


Use o bom senso, a coerência. Esse é o segredo da construção de um acervo de material para iniciar o curso de pintura em madeira.

Use o que você tem, adquira novas opções aos poucos, teste marcas diferentes de um mesmo tipo e tamanho de pincel para ver qual você se adapta melhor e, principalmente, conscientize-se de que material sozinho não faz milagres.


O que a sua amiga consegue em resultados perfeitos com tal material, você pode ter certeza de que, além do material, tem muita dedicação dela ali e treinamento para dominar esse material, ok?






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